segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

hello how did u get through the holidays. you have a New Years resolution?

Passei bem, foi legalzinho porém nada especial. Tenho: tornar-me um salva-vidas.

Fuck Google. Ask me!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Se a sua casa se incendiasse e você pudesse salvar apenas três coisas, quais seriam?

Maniqueísta demais essa pergunta! Não gosto disso - a não ser que o lado ruim seja muito bom. Esforçar-me-ia para respondê-la se fosse obrigatório.

Fuck Google. Ask me!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Você acha que é difícil ser feliz?

Nem um pouco. Ser infeliz também é fácil.

Fuck Google. Ask me!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mamãe... - Eu precisava publicar isso de algum modo, um desabafo -. INTERMED rocks!

"mamãe eu quero, mamãe eu quero
mamãe eu quero gozar, dar a buceta!
Bater punheta! Não interessa,
o que eu quero é gozar!
Dar o cuzinho não é mole não!
Dói pra caralho,
mas dá puta tesão!
Eu tenho uma prima, que se chama
Ana; de tanto dar o cu cicatrizou
a sua xana!
Ma-ma-ma-ma-mãe eu quero!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A cabelerêra que cometeu iatrogenia OU Fixação anal OU Tendo um cu na cabeça

Cabelerêra sim! Ao ter me violentado ela me deu todo o direito do mundo em relação à profissão dela. Carrego, agora, 3cm² de carequisse na área anterolateral direita da cabeça por culpa dela.
Véspera de Natal. Cheguei pontualmente no salão e tive que esperar por ela. Meu corte de cabelo foi interrompido inúmeras vezes: mulher bigoduda que queria livrar-se de seu másculo porém; conhecido a pedir corte de cabelo grátis em virtude do Natal – bem fez ele de ir embora por pressa! -; jovem com seios caídos buscando por um sutiã recortado nadador nas costas – pois iria usar um vestido tomara-que-caia e não se sentia à vontade sem o pára-peito -; telefonema de filhos... Entendo a atribulação de quem tenta ganhar dinheiro em negócio próprio e quase informal, no entanto, impelir-me um mapa do desmatamento da Amazônia é falta injustificável.
Quando do acidente pediu que eu não chorasse, pois se fosse ela estaria já chorando e caso eu caísse em lágrimas era faria o mesmo. Por favor! O mais novo careca a contra gosto ali era eu! (E eu me conheço bem. Talvez rodeie demais para tentar falar o simples – visto ser tão complicado. Aceitável seria uma cliente esfalecer-se em lágrimas.) Mantive-me com cara de bom humor e, é claro, não permiti as sugestões dos presentes fossem acatadas: eu nunca raspei a cabeça e nunca rasparei! Além do mais, convinha o sofrimento dela também.
Nunca raspei a cabeça. Só farei isso quando me achar de rosto bonito. Nunca raspei a cabeça, nunca. Em tempo de comemoração pelo vestibular concorridíssimo, mandei cortarem-me o cabelo à máquina dois, assim disse aos veteranos que o ritual medieval já tinha ocorrido, estava ali, portanto, um cabelo novo em folha. Ainda de calourisse, pintei o cabelo todo de vermelho com bolas amarelas e depois de passada a necessidade universitária da extravagância, mandei pintar todo o cabelo de preto; ao passo que os colegas, todos, rasparam a cabeça novamente. A cabelerêra-barbeira foi a instrumentista de todas essas articulações anti couro cabeludo à mostra. Desejo que ela sofra muito.
Há dois dias feri e queimei meu couro cabeludo ao passar um produto fedido e forte que minha mãe aplica bimestralmente. Estava há dois dias sem lavar o cabelo. Cabelo duro, fedido e esperançoso de um novo corte, visto que a natureza das pontes de enxofre proibia minha vontade, bom gosto e imaginação. Nunca imaginei sentir tanto ódio de alguém.
Apoiarei todo e qualquer processo de ressarcimento por danos morais. Eu não entendia o porquê das pessoas sentirem-se satisfeitas com dinheiro em troca do cachorrinho de estimação que morreu no compartimento de carga do avião por terem se esquecido de abrir um canal de ar. Talvez se ela pagasse o boné caríssimo que comprarei, mais as peças jeans que eu namoro na vitrine minha tristeza torne-se relativamente menor. A alegria a ser instaurada será tão maior que penderá a balança do humor para o bom: processemos! Ainda repito “ai, que ódio”, ai, que ódio; dentro de mim.
Ela tentou remediar com palavras. Desculpou-se diabeticamente. Encarecidamente. É que ela tava tirando o pente da máquina a todo tempo para eliminar o cabelo que acumulava e aquela máquina não é a qual mais usa. A outra está com o pente nº 3 estragado pelo calor da chapinha que foi posta ao lado dele. Ela ia fazer as bordas do cabelo, mas acabou indo direto para o meio da cabeç... Ah! Chega! Está tudo bem! Só não fale mais sobre assunto! Está tudo bem.
Eu sou um cliente emocionante! Ajudo a tornar o cotidiano profissional menos tedioso: sempre chego carregado de novos e inéditos caminhos de rato por ter a mania de, eu mesmo, retocar meu corte de cabelo. Faço mesmo sabendo que não vai dar certo, afinal de contas eu sou legal e nunca reclamei de uma costeleta maior que a outra, de mechas gigantes, de corte mais cumprido ou curto do que gostaria. Enchi a boca: quando eu corto meu cabelo eu faço caminho de rato, mas isso eu nunca fiz. Pensei em acrescentar um “não”, com uma risadinha final, assim: quando eu corto meu cabelo eu faço caminho de rato, mas isso eu nunca fiz não! [risinho]. Mas era instante correto de tortura. É tão bom. Bom mesmo. Ser carrasco havia de ser uma profissão muito boa! Não só por torturar pessoas e ter razão ao mesmo tempo, mas também porque se você perde a atenção e faz uma merda não há problema, o culpado vai morrer mesmo, não é?! [risinhos]. [Risinhos.].
A notícia, por certo, espalhar-se-á. Não verão a clareira na minha copa, pois estarei usando algum adorno caro, como disse. Tenho medo da falta de inteligência lógica e auto-exemplificativa das pessoas. Eu sei que Fulano está com um cocô na parte anterolateral da cabeça e o Fulano está com um objeto a tampar esse cocô. Logo, Fulano não quer que vejam esse cocô! Se pedirem pra ver esse cocô – ninguém gosta de cocô, e todos querem ver! É sempre assim com a desgraça alheia! É uma qualidade de entretenimento capaz de transformar seres humanos em mosca de cocô -, vai ser uma só: eu deixo você ver com uma condição! Arrie a calça e a peça íntima, vire-se de costas para mim, toque os pés com as mãos e levante o quadril: quero ver seu cu. Nu. Seu cu. Se me deixar ver seu cu eu mostro meu quadradinho de falta de cabelo! E aí eu começo a me divertir! Demais! Imagino excelentes situações. Caso uma jovem que teve filho acidentalmente me peça, eu mostro com a condição de ver o útero dela. Caso uma freira me peça, hehehe... Caso um tatuador me peça, eu mostro com a condição de ganhar uma tatuagem ali. Mas ver a face das pessoas diante da condição de mostrarem o cu pra ver uma faltinha de cabelo será impagável.
Um dia eu termino esse texto, sinto que, talvez, minha fisiologia tenha percebido a existência de um novo esfíncter no meu corpo... Tem prejudicado as idéias.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ira!

Uma vez, quando era a última vez que dividiria banheiro com aquela outra pessoa, eu tomei banho e depois escrevi "Vai tomar no cu!" com sabonete no espelho já limpo. Quando o espírito de porco tomasse banho o vapor desenharia uma bela mãozinha que eu desenhei também!
Foi minha maior ofensa, acho. Porque eu tava indo embora já! Nunca mais nos veríamos! Eu mandei tomar no cu mesmo! Era tipo um jumento atleta em pessoa! Às vezes parecia ser um ser misturado anta e ser humano. Mas nem chamava Sertão. Perdedor mesmo. Meu filho pode ser que chame Sertão. Bonito, né?!

domingo, 25 de outubro de 2009

Dormir

Faz um tempo que as coisas, todas elas, têm sido difíceis. Hoje, durante uma parada da viagem, eu só fumava um cigarro com a inocência de quem fuma na rodoviária e fui apunhalado por um senhor demasiadamente simplório de vestes, com boné velho sobre cabelo oleoso. Absolutamente do e por nada ele despejou em mim uma curiosidade:
- Imagina um homem apaixonado voltando para casa.
Não mesmo. O que fazer com o humilde homem a me pedir os ouvidos?
E olha que era uma escuta cara, pois antes de começar a fumar um bêbado me pediu um cigarro e eu menti que não tinha. O pior de tudo foi a percepção de que ele não estava bêbado o suficiente para considerar seus padrões ao interpretar a vida. Ele sabia que de short e camiseta no frio e sem banho estava sendo julgado nos padrões da lucidez. Andando descalço na rua suja que te serve, por vezes, de cama.
Mesmo sabendo não dever, eu dei corda para o narrador da situação e fiquei a ouvir o quanto era a felicidade dele: sua embriaguez estava no sofrimento de ser condenado ao trabalho. Estava esgotado do trabalho, não aguentava mais manusear tratores na Bahia, Pará, Ceará e não sei mais em quais estados brasileiros. "Mil e oitocentos reais por mês, rapaz! Pra quê?". Dizia-se estudado, com curso em segurança do trabalho, operação de máquinas pesadas e tinha filha advogada, casa própria, apartamento de dois andares bom e carrinho. A filha insistia pela aposentadoria! Não mencionou a mulher. E não parava de falar sobre a vida que o fez um homem do trabalho. O behaviorismo de acordar cedo na infância para colocar seu corpo e sua mente - mais o corpo que a mente -, a favor de uma artificialidade. Perguntou do clima, de onde eu era, aonde eu ia e sai quando ele disse que não sabe fazer como essa moçada de hoje, que dormir o dia inteiro é difícil, que tomar a decisão de aposentar-se foi cruel. Dormir é um assunto delicado para mim!
Depois que eu vi o ser de corpo de boneca e cabeça de mulher que andava com uma muleta, dormir pra mim é pecaminoso. Demonstrava-se embriagada. A voz e o vocabulário eram infantis. "Minha boca está dormente". Sotaque nordestino, cabelos loiros bem enrolados e compridos enfeitados por uma flor azul de tecido, boca pintada de vermelho e lábios velhos, mas eu perguntei a idade por suspeitar de pedofilia, visto que aparentava doze anos! Os olhos bobos que pareciam nem conhecer todas a cores, sabe? Aqueles olhos que tem um lágrima guardada de quem chora por sono, banho ou comida. Não sei como explicar, porque os olhos olhavam certo... Ela não era nova! E tinha o corpo desproporcional, sinceramente! Hora me pareceu ser uma pessoa com uma síndrome Peter Pan física do pescoço para baixo, como uma anã bem baixa. Hora me pareceu ter braços longos demais com um tronco extremamente, muito mesmo, magro. Minha conclusão é que era um corpo pequeno, braços compridos, uma mola no lugar de uma perna, enfim, a penumbra me confundia o corpo dela, mas o rosto era de criança e de moça ao mesmo tempo.
- Lindinha, quantos anos você tem?
Isso porque o jogo Carué tinha sido bem sucedido no pré-abate das mocinhas, claro. Senão ela não usaria a muleta para guardar o assento vizinho para um homem cujo nome não me lembro. Era outro ônibus, outro dia. Íamos para uma festa e eu a vi. Primeiro enquanto eu subia no ônibus, depois no banco da frente. Não sei se ela me perguntou quantos anos eu dava pra ela, mas acho que disse doze, sim. Ela disse na verdade ter vinte e dois e, como que se me mandasse um recado para mim ao falar com todos que ouviam, afirmou saber o que acontecia, que sabia se cuidar, que imaginara a boa aparência no futuro, que era um saco ter todos olhando pela segurança dela e que a mãe dela estava lá, dois bancos à frente, para cuidar dela? Dormir já seria suficientemente difícil sem as voz dela relembrando o estado de pálpebras baixas e o corpo mole:
- O ato falho é a vitória do inconsciente...
0Porque ela sabia que eu queria lembrar, justamente, dessa frase? What not to do: mantras, eles são perigosos! Opa Carué quantas patacas tem na feira, Me Lambe? Opa! Na feira... Suculenta... Deliciosa? Opa! Na feira... Vou Gozar... Me Chupa! Opa... Na feira? Me Lambe... Gozadinha! E nesse trava língua de vocativos estratégicos, a cada vez que alguém da roda errava, bebia. As moças, mais fracas na astúcia e na resistência alcoólica, bebiam mais e eram embaladas pelas frases bem ditas. Os apelidos mudavam: Ai, Gostoso, Ui, Vem!, Ah..., Opa, etc. E quando alguém se complicava respondendo em hora errada ou não respondendo, cantava-se em coro que o Carué não é um jogo para mané, no qual se bebia até o dia amanhecer. Quando o líder da roda, o Carué, erra, ele também bebe e, uma vez, ouvi algum coro sobre sendo o ato falho uma vitória do inconsciente. Como não deixar sua alma ser levada por murmúrios, pela vontade que devia cheirar mais forte que a pinga da garrafa pet, pelo errado acontecendo? Acho que é por isso que o inconsciente ganha e eu acho que aquele moça com corpo de boneca e cabeça de mulher estava fazendo uma escolha, só. Tal qual a outra que, coincidentemente, fizemos igual.
- O ato falho é a vitória do inconsciente, só digo isso!
O assunto da idade dela rendeu. Nas conversas até disseram que Carué era jogo de tornar fáceis as menininhas e ela prontamente concordou - com os olhos caindo e com os dedos testando a sensibilidade da boca, prontamente, no entanto. A menina-mulher-anã-perna-de-mola resmungou mais no mesmo tom infantil, falando sobre doces, pirulitos, mãe e risadas de quando o palhaço tira a cadeira do outro palhaço. Questionaram sobre seu grau escolar e eu só lembro ela dizendo que tomou bomba três vezes, duas! Três! Reprovada mais de uma vez por ser burrinha e não gostar de estudar, não. Gosta de dormir.
- O ato falho é a vitória do inconsciente...